Brasil vive “confusão” crescente, diz Société Générale
País passa por um cenário fiscal incerto no curto prazo, mostra um relatório do banco francês

(Imagem: Leonardo AI/ Money Calls)
O Brasil vive um cenário de crescente “confusão” em seu cenário fiscal de curto prazo, mostra um relatório do Société Générale obtido pelo Money Calls.
O documento foi produzido em um contexto da sugestão de uma posição comprada no real (BRL) e vendida no peso colombiano (COP) por três meses.
“Esperamos que o Real seja sustentado relativamente mais do que o COP devido a divergências nas trajetórias da política monetária, diferenciais de carry-to-vol, um Real relativamente mais barato em relação ao COP e a crescente probabilidade de o Brasil impulsionar um cenário fiscal de “confusão” no curto prazo”, explica o estrategista sênior para América Latina, Bertrand Delgado.
Ele lembra que o Banco Central do Brasil elevou a taxa Selic em 25 pontos-base, para 15%, na reunião de 18 de junho, com um tom agressivo e uma postura dependente de dados.
“O Copom provavelmente permanecerá inalterado em 15% até o início de 2026 e, em seguida, será reduzido no primeiro semestre de 2026”, pontua.
Delgado avalia que o mercado também espera que o Copom permaneça estável nos próximos
três meses e seja reduzido em 100 pontos-base, para 14,25% no primeiro semestre de 2026.
“Enquanto isso, o BanRep provavelmente cortará mais 75 pontos-base, para 8,5%, até o final de 2025. O mercado prevê um corte do BanRep para 8,75% até o final de 2025. Por fim, o Real tem se mantido defasado em relação ao COP, em meio a um dólar mais fraco”, avalia.

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